O Cordel de Antônio Francisco

Ainda em 2012, publiquei um artigo apresentando esse grande cordelista. Hoje conheço mais colegas de arte, mas ele ainda figura entre os mais geniais, na minha opinião.


Não conheço tantos cordelistas assim, mas dentre os que conheço o que mais admiro é o mossoroense Antônio Francisco.

Tive o prazer de conhecê-lo em um encontro de cordelistas no Ceará há alguns anos (o único encontro de cordelistas que fui) e, em outra ocasião, o visitei lá em sua terra. Além de artista genial, Antônio Francisco é uma excelente pessoa, daquelas que não tem como não admirar.

Olha o que a Wikipedia tem a dizer sobre ele:

É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo.

Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor, ainda confecciona placas.

Aos 46 anos, muito tardiamente, começou sua carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste e não tinha tempo para outras atividades. Muitos de seus poemas já são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem.

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. A partir daí, já vem sendo chamado de o “novo Patativa do Assaré”, devido à cadeira que ocupa e à qualidade de seus versos.

Seus cordéis são geniais em todos os aspectos. Sua escrita é fluida e rítmica, em forma perfeita; os temas são muito bem trabalhados; e os seus cordéis têm alma, são aqueles que dão gosto de ler, que conseguem nos emocionar. Como se não bastasse, ele também adora causas sociais. Ecologia e humanidade são os temas mais fortes em sua produção.

Pode-se ver alguns cordéis dele pela Internet. Eu localizei uns que adoro:

Veja aqui A Casa que a Fome Mora e diga se não é genial:

Eu de tanto ouvir falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu sai atrás
Da casa que ela mora.
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.

Vi a cara da miséria
Zombando da humildade,
Vi a mão da caridade
Num gesto de um mendigo
Que dividiu o abrigo,
A cama e o travesseiro,
Com um velho companheiro
Que estava desempregado,
Vi da fome o resultado,
Mas dela nem o roteiro.

Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora,
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe via a cor
Da casa que a fome mora.

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmão dos raios da lua,
Com as costas seminuas
Tatuadas de caliça,
Pedindo um pão de justiça
Do outro lado da rua.

Vi a gula pendurada
No peito da precisão,
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade,
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela
Dizendo: aqui ninguém come!
Ouvi os gritos da fome,
Mas não vi a boca dela.

Passei a noite acordado
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava,
Amolecia e Matava
E ninguém matava ela?

No outro dia eu saio
De novo a procura dela,
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
Ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada
E perguntei o seu nome
Respondeu-me: sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade,
Deixo o campo moribundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Dos governantes do mundo.

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pro bolsos dos marajás
E me escondo por trás
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Da soma dos desperdícios,
Da queima dos artifícios
Que cega a população

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do bóia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo.

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas,
Nunca vão me encontar,
Eu vou continuar
Usando o terno Xadrez,
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Da Burrice de vocês.

Astrologia e Mapas Astrais

Seguindo no resgate de postagens antigas, esta foi publicada inicialmente em junho de 2012. Mudei um pouquinho, mas continua uma boa reflexão para quem não conhece nada do tema (eu conheço um pouco mais do que nada, mas não muito).


Astrologia é uma área do conhecimento humano que tenta entender o indivíduo com base em informações externas, partindo do princípio de que há uma mensagem, uma dica que ajude as pessoas a compreenderem quem elas são e quais seus propósitos na vida.

A ferramenta utilizada para isso na Astrologia é a posição dos planetas no céu. Diferente da crença comum, a base hoje não é a Astronomia. A posição exata dos astros não é o que é utilizado, tampouco vai importar o que a Astronomia considera ou não como um planeta. A posição dos astros, para a Astrologia, não é a causa de quem somos: a posição dos astros é uma linguagem. É um recado dado a nós. Como linguagem, ela usa como base o céu de muito tempo atrás. É muito parecido com o céu de hoje, mas não é o mesmo. Portanto, aquele papo de que os signos mudaram não procede.

Muito antigamente eu torcia o nariz para a Astrologia. Pensava eu: dividir o mundo em 12 grupos e dizer que com 1/12 do mundo vai acontecer uma mesma coisa é forçar a barra. Creio que muitos pensem assim também. O erro em pensar assim é que estamos confundindo Astrologia com Horóscopo. Horóscopo é uma “Astrologia Fast-Food” que se propõe a aconselhar as pessoas em relação ao seu dia, geralmente reduzindo o mundo a 12 grupos. A Astrologia, por outro lado, não é principalmente divinatória. Como disse no início, ela objetiva dar autoconhecimento às pessoas.

Enquanto o Horóscopo do jornal divide o mundo em 12 grupos, a Astrologia trabalha com influência dos mesmos 12 signos, mas em vários planetas do nosso mapa astral natal. Uma pessoa “ser de Sagitário”, por exemplo, faz referência à posição do Sol em seu mapa astral. O Sol é o “planeta” que mais influencia o indivíduo mas, segundo a Astrologia, a posição dos outros planetas também tem grande importância em quem nós somos. Além do signo solar, há o signo lunar e signos para Mercúvio, Vênus, Marte, etc.

Daí você já tira que o mundo não se divide em poucos grupos. Ok, e se eu disser que além dos planetas terem signos eles também se relacionam uns com os outros? É o que na Astrologia é chamado de aspecto. Há aspectos harmoniosos e de conflito que podem surgir. Se muitos planetas estiverem em um lado do mapa astral, isso também influencia. Como se não bastasse, há ainda a divisão do mapa astral com base na ascendência, dividindo o mapa em 12 posições. Assim, além do signo, a posição onde o planeta se encontra no mapa trará um significado adicional.

Daí pra frente, a Astrologia se torna bastante complexa. Envolve compreensão do significado de cada símbolo inicial (planeta, signo, casa, aspecto) e da multiplicação desses significados (Marte em Áries na segunda casa em conjunção com Sol em Capricórnio…); por fim da distribuição disso tudo no mapa. Tudo isso com o propósito de que possamos entender melhor a nós mesmos. Uma forma de autoconhecimento.

Embora haja charlatanismo, como em tudo pode haver, a Astrologia não é achismo. As bases da Astrologia podem ser questionadas à vontade, mas o ponto é que existem bases conceituais para a Astrologia, a serem seguidas por seus praticantes.

Se você quiser aprender mais sobre astrologia ou mesmo criar seu mapa astral gratuitamente (podendo solicitar uma análise paga), recomendo para isso o site astro.com.

P. S.: Imagem usada no post foi pega na Wikipédia.

As Bases de um Poeta Completo

Continuando o processo de migração do conteúdo que eu acredite ser mais interessante do site antigo pra cá, segue este que publiquei em maio de 2012.


Camões falava de Saber, Engenho e Arte em suas poesias. Considero, ao menos em minha interpretação, estas como as três características fundamentais para um poeta completo. Aqui, falo um pouco de cada uma delas na forma como vejo (não há garantia de que seja a forma como Camões pensava, embora ache até possível que de repente tenha sido).

Saber

Um poeta tem que ter o conhecimento do que vai falar. Para poesias filosóficas, conhecer filosofia; para narrar casos acontecidos, traçar bem o que houve. Enfim, tem que ter o tema. Um poeta de muito saber tem jogo de cintura e conhece vários temas. Se for um repentista, tem uma boa desenvoltura temática.

Engenho

Um poeta que não tem noção de ritmo e métrica não é um poeta completo. Essa é a parte que pode “obscurecer” o que o poeta quer dizer, mas é o caminho mais longo o que nos fortalece.

É difícil eu me afeiçoar com poesias modernas, que são poesias para serem declamadas teatralmente e não seguindo um ritmo.

Todas as regras são convenções e podem ser quebradas, mas quem planeja quebrar regras tem que saber o que está fazendo. Regras devem ser seguidas à risca enquanto não as entendemos. Só quando dominamos as regras é que podemos quebrá-las, se quisermos. Nesse ponto, teremos plena ciência de que estamos quebrando onde queremos um efeito diferente do convencional e, para quem também conhecer as regras, isso ficará muito claro.

Um exemplo mais claro dessa postura de conhecimento é a famosa licença poética, que dá liberdade ao poeta para burlar as regras do Português. Erros vindos do desconhecimento nunca foram nem serão licença poética, ela existe para mudanças conscientes nas regras do Português, mudanças que vêm para atender algum interesse do poeta.

Aplique-se o mesmo a métrica, rima, ritmo…

Arte

Esse é o fundamental de um poeta. Isso porque o Saber pode ser adquirido com leitura e o Engenho desenvolvido com o estudo e a prática. Se você tem Saber e Engenho, mas não Arte, produzirá poesias perfeitas estruturalmente, bem organizadas, mas sem vida, incapazes de despertar emoções no leitor.

Por outro lado, é até comum algumas pessoas que têm Arte, mas não Engenho ou Saber. Muitos desses nem tentam fazer poesias, limitando-se a escrever textos muito bem escritos e de agradabilíssima leitura.

Poetas Perfeitos

Um bom caminho para poetas perfeitos é dos violeiros, que desenvolvem a desenvoltura no Saber e aprimoram de maneira sublime o Engenho, quando atentos a ele (pois às vezes forçam métrica esticando sílabas cá e atropelando sílabas acolá). Se o cabra tiver Arte, não há quem segure.

Se quiser aprender mais sobre o Engenho, pesquise os estilos populares. São dos mais ricos e complexos que encontrei.

Para finalizar, uma estrofe de um galope à beira-mar, de Dimas Batista, que demonstra bem a superioridade do violeiro e repentista diante de muitos ditos poetas por aí…

“Eu acho engraçado um poeta de praça
Que passa dois meses fazendo um quarteto
Com um ano de luta, é que finda um soneto
Depois que termina, ainda sem graça
Com tinta e papel, o esboço ele traça
Contando nos dedos pra metrificar
Que noites de sono ele perde a pensar
A fim de mostrar tão minguado produto
Pois desses, eu faço, dois, três, num minuto
Cantando galope na beira do mar.”

As Bases de um Poeta Completo

Continuando o processo de migração do conteúdo que eu acredite ser mais interessante do site antigo pra cá, segue este que publiquei em maio de 2012.


Camões falava de Saber, Engenho e Arte em suas poesias. Considero, ao menos em minha interpretação, estas como as três características fundamentais para um poeta completo. Aqui, falo um pouco de cada uma delas na forma como vejo (não há garantia de que seja a forma como Camões pensava, embora ache até possível que de repente tenha sido).

Saber

Um poeta tem que ter o conhecimento do que vai falar. Para poesias filosóficas, conhecer filosofia; para narrar casos acontecidos, traçar bem o que houve. Enfim, tem que ter o tema. Um poeta de muito saber tem jogo de cintura e conhece vários temas. Se for um repentista, tem uma boa desenvoltura temática.

Engenho

Um poeta que não tem noção de ritmo e métrica não é um poeta completo. Essa é a parte que pode “obscurecer” o que o poeta quer dizer, mas é o caminho mais longo o que nos fortalece.

É difícil eu me afeiçoar com poesias modernas, que são poesias para serem declamadas teatralmente e não seguindo um ritmo.

Todas as regras são convenções e podem ser quebradas, mas quem planeja quebrar regras tem que saber o que está fazendo. Regras devem ser seguidas à risca enquanto não as entendemos. Só quando dominamos as regras é que podemos quebrá-las, se quisermos. Nesse ponto, teremos plena ciência de que estamos quebrando onde queremos um efeito diferente do convencional e, para quem também conhecer as regras, isso ficará muito claro.

Um exemplo mais claro dessa postura de conhecimento é a famosa licença poética, que dá liberdade ao poeta para burlar as regras do Português. Erros vindos do desconhecimento nunca foram nem serão licença poética, ela existe para mudanças conscientes nas regras do Português, mudanças que vêm para atender algum interesse do poeta.

Aplique-se o mesmo a métrica, rima, ritmo…

Arte

Esse é o fundamental de um poeta. Isso porque o Saber pode ser adquirido com leitura e o Engenho desenvolvido com o estudo e a prática. Se você tem Saber e Engenho, mas não Arte, produzirá poesias perfeitas estruturalmente, bem organizadas, mas sem vida, incapazes de despertar emoções no leitor.

Por outro lado, é até comum algumas pessoas que têm Arte, mas não Engenho ou Saber. Muitos desses nem tentam fazer poesias, limitando-se a escrever textos muito bem escritos e de agradabilíssima leitura.

Poetas Perfeitos

Um bom caminho para poetas perfeitos é dos violeiros, que desenvolvem a desenvoltura no Saber e aprimoram de maneira sublime o Engenho, quando atentos a ele (pois às vezes forçam métrica esticando sílabas cá e atropelando sílabas acolá). Se o cabra tiver Arte, não há quem segure.

Se quiser aprender mais sobre o Engenho, pesquise os estilos populares. São dos mais ricos e complexos que encontrei.

Para finalizar, uma estrofe de um galope à beira-mar, de Dimas Batista, que demonstra bem a superioridade do violeiro e repentista diante de muitos ditos poetas por aí…

“Eu acho engraçado um poeta de praça
Que passa dois meses fazendo um quarteto
Com um ano de luta, é que finda um soneto
Depois que termina, ainda sem graça
Com tinta e papel, o esboço ele traça
Contando nos dedos pra metrificar
Que noites de sono ele perde a pensar
A fim de mostrar tão minguado produto
Pois desses, eu faço, dois, três, num minuto
Cantando galope na beira do mar.”

A Cor do Dia

Este é mais um post antigo do meu site anterior, que achei interessante o suficiente para publicar aqui. Confere…

Analisando números hexadecimais e data, percebi uma coisa legal: dá pra representar um dia com 6 números! O ano ocupa 3 dígitos em hexadecimal; o dia ocupa dois e o mês ocupa apenas um. Seis dígitos! O tamanho de uma cor em HTML (e outras representações).

Por exemplo: 18 de janeiro deste ano, o dia em que houve o blackout na Internet contra a SOPA. 2012 em hexadecimal é 7DC; janeiro é 1 mesmo, mas 18 equivale ao número hexadecimal 12. Assim, poderíamos representar essa importante data como #7DC112.

Seguindo nessa brincadeira, fiz uma função em PHP que retorna a cor para um determinado dia e criei um script que mostra a cor do dia atual:

function daycolor($date) {
    $dts = strtotime($date);
    $y = dechex(date("Y", $dts));
    $m = dechex(date("n", $dts));
    $d = dechex(date("d", $dts));
    if (strlen($d) < 2) {
        $d = "0" . $d;
    }
    $dc = "#$y$m$d";
    return $dc;
}

Pena que as cores ficam muito parecidas, evoluindo desse jeito tão lentamente… Pena também que o timestamp conte apenas de 1970 para cá. Bom, então é isso.

As pessoas não querem produtos

Este artigo foi publicado no começo de 2012 no meu site anterior. Estou replicando aqui por ter considerações interessantes.


Ano passado participei do I ESLAPE, Encontro de Software Livre do Agreste Pernambucano. Organizado por Marcelo Santana, o evento foi muito bom, apesar de alguns contratempos.

É comum haver contratempos. Nós planejamos o evento com atenção a todos os detalhes e no dia simplesmente algumas coisas terminam dando errado. É gente da equipe que adoece, são parceiros que não cumprem acordos (por esquecimento ou desleixo). Nós que já organizamos eventos (apesar de menores) sabemos bem como é. O que importa é que no final o evento foi muito bom e pretendo ir para uma eventual edição 2012.

Mas o que quero comentar aqui é sobre parte da palestra do Maddog Hall, diretor executivo da Linux International, o braço direito de Linus Torvalds.

Tive de voltar para casa logo depois da palestra por conta de um compromisso no dia seguinte, durante o dia. Por conta disso terminei não podendo acompanhar a palestra inteira, só um pedaço mesmo.

Uma parte que me lembro claramente e achei muito interessante, entretanto, diz respeito ao mundo atual, ao capitalismo, à indústria e o consumo, não estando preso ao “Linux” ou ao Software Livre. Ele disse que as pessoas não querem produtos, elas querem serviços.

Pode parecer estranho, mas se analisar bem isso é verdade. Há produtos que marcam e há pessoas que são fãs de certos produtos ou de certas tecnologias. Esses querem realmente os produtos. A maioria da população, porém, não é assim.

As pessoas não compram um carro porque querem ter o produto. O que elas querem ter é transporte de qualidade no momento em que for preciso. Isso se estende a muitas outras áreas e serve como base para justificar a importância cada vez maior da Computação nas Nuvens.

Pense bem: qual a vantagem de pensarmos em produtos, especialmente hoje num dia a dia de obsolecência programada e extrema? Claro: o fator econômico. Por isso faz mais sentido comprar um carro do que contratar serviço de uma empresa.

Outra coisa interessante que ele falou foi sobre commodities. Ele disse que a indústria tem usado o termo commodity de maneira inapropriada. Arroz é commodity, mas carro não é. Quando se vai comprar arroz, você não sabe dizer com clareza a diferença entre um produto e outro. Na prática, você termina levando em conta fatores como preço e afinidade com fabricante. Quando vai comprar um automóvel, você tem muitas características para avaliar: conforto, consumo, manutenbilidade, além do preço. Em sua visão, pra resumir, um commodity não é só um tipo de produto muito popular, mas um produto que não sabemos tanto a diferença entre os modelos no mercado. Você pode dizer para alguém “compre arroz para mim” e não se importar com a marca, mas dificilmente vai dizer para alguém “eu preciso de um carro: compre um pra mim”.

É isso. Só umas ideias interessantes que vi na palestra e gostaria de compartilhar aqui com vocês. Apesar de ter levado um bom tempo para isso, finalmente aqui estão.

Cordel Encastelado do Dia Mundial da Poesia

Este mês é quando se celebram o Dia Nacional da Poesia (hoje, quando escrevo) e o Dia Mundial da Poesia, dia 21. Por quê duas datas?

Pior que não há só duas, mais três! Desde 2015, o Dia Nacional da Poesia mudou para 31 de Outubro.

O dia anterior comemorava o aniversário de Castro Alves. O novo, comemora o de Carlos Drummond de Andrade.

À parte da peleja dos poetas mortos, o Dia Mundial da Poesia existe desde 1999 e foi instituído pela UNESCO, com o objetivo de estimular a leitura, escrita e o ensino da Poesia. Bem, pelo menos segundo a Wikipédia.

Vamos ler, escrever e aprender mais sobre poesia, inclusive o cordel!

Baixe em livros.cordeis.com

Veja mais sobre o projeto e suas publicações me wiki.cordeis.com/encastelado/

Produção de março (2021)

Este mês eu trago pra vocês dois novos cordéis, sendo um de peleja e humor e o outro narrando uma história bem acessível sobre segurança em tecnologia. Além deles, publico a versão que editei e diagramei de um cordel em domínio público, de Leandro Gomes de Barros.

  • Uma Van de Cantador – um sujeito sulista metido a embolador aparece no Nordeste e pega uma van pra começar a mostrar seu trabalho e pedir ajuda financeira. Acontece que essa van o surpreende, com os passageiros cantando também! À venda como ebook na Amazon (também no Kindle Unlimited).
  • Uma Tragédia Informática – um sujeito compra uma empresa de informática e começa a crescer bastante. Isso chama atenção de pessoas perigosas. É uma história leve que fala sobre cuidados com segurança em Tecnologia da Informação. À venda como ebook na Amazon e no Google Play Livros.
  • História da Princesa da Pedra Fina – um dos clássicos de Leandro Gomes de Barros. Um romance de cordel que narra a história cativante de Zezinho e essa misteriosa princesa. Gratuito no Google Play Livros e na Biblioteca Cordeis.com.

O Último Mototáxi de Arapiraca, por sua vez, vai no episódio 18

História de Meus Sites e Blogs

No início de 2021 ativei o blog aqui no Vivaldi. Minha presença na Internet (pelos blogs e sites) é bem antiga, porém. Resgatei um post do meu site anterior e atualizei para relatar aqui.

Dark Songs

Quando ingressei no curso de Ciência da Computação na UFAL, em 1998, criei minha primeira “homepage”. Seu nome fazia referência a um dos primeiros contos que já escrevi: Dark Songs.

Não lembro que serviço de hospedagem gratuita utilizei, mas um dia, de hora pra outra, o site não estava lá. Eu estava atualizando com frequência e ele só trazia textos meus. Até hoje não sei porque motivo, razão ou circunstância cismaram com Dark Songs e o removeram de lá. Deixa pra lá, no ano seguinte eu iria tentar de novo.

Abaskantto

Abascanto é uma habilidade que aparecia no RPG GURPS, que significava resistência a magia. Quem tem abascanto é imune a magias nocivas que sejam lançados diretamente contra ele; mas também às benignas. Este conceito de antimagia eu aprecio bastante e o utilizo até hoje em alguns cenários/histórias.

Abaskantto nasceu provavelmente em 1999 e foi mantido até o ano 2000. Hospedado no Angelfire, curiosamente a homepage continua no ar até hoje, apesar de o JavaScript que usei naquela época não funcionar mais hoje.

Andarilho d’Catar

Dia 30 de abril de 2001 nascia Andarilho d’Catar. Criei a homepage apenas como “Andarilho”, mas ele usava o serviço de hospedagem do serviço de busca brasileiro Catar.com.br, daí a origem do nome. Nem adianta visitar o Catar.com.br de hoje: pelo que me lembro o site sumiu mesmo e só muito depois voltou, provavelmente com outro dono.

Curiosamente, depois criei um personagem Andarilho de Qatar. Um personagem misterioso que aparece na minha novela de aventura Sina.

Bardo.Com.BR

Dia 30 de agosto de 2004 eu registrei o domínio Bardo.com.br e comecei a publicar lá. Só comecei. Aconteceu que a empresa onde hospedei o site (e que registrou o domínio para mim, já que na época registro de domínios .com.br era restrito a quem tivesse CNPJ) deu claros sinais de mal profissionalismo. Então, resolvi cair fora.

Bardo.Cyaneus.Net

Cyaneus vem de uma família de pássaros. Mais precisamente do Saíra Beija-flor, o Cyanerpes Cyaneus. Foi dele que veio a ideia do nome da empresa que eu criaria com amigos: Cyaneus Soluções Web. Uma empresa focando soluções com software livre. Não necessariamente criações ou, pelo menos, não sempre. A empresa simplesmente não saiu do chão, mas o domínio ficou, e o nome gerou herdeiros como CyPasswd e CyanPack,

Aproveitando o problema com o Bardo.com.br, criei o Bardo.Cyaneus.Net dia 21 de outubro de 2004. Foi exatamente aí que começou a se desenhar o que seria o Bardo WS, com suas várias sessões: poesia, contos, etc.

Bardo.CastelodoTempo.com

Preocupado com o nome “difícil” Cyaneus.net, tanto pelo Cyaneus quanto pelo .net, registrei um novo domínio. Mais longo, é verdade, porém mais fácil de ser memorizado por outros. Assim nasceu o Castelo do Tempo.

Não lembro exatamente quando o criei, mas ele durou algum tempo.

Foi na época em que o Bardo.Cyaneus.Net deixou de existir e nasceu o Cyaneus.net como um blog. Nessa época cheguei a ter cinco blogs ao mesmo tempo: Bardo.CastelodoTempo.com, Cyaneus, WMaker Cyaneus, Arcanoide e Magia da Terra. A ideia disso foi separar o conteúdo do antigo Bardo.Cyaneus.net por áreas de interesse, para que públicos diferentes pudessem acompanhar apenas assuntos que lhes interessasse. Não deu muito certo no fim das contas…

CarlissonGaldino.com.br e Bardo WS

Tentando tornar minha presença na Internet algo mais profissional e, ao mesmo tempo, acabar com essa zona de um milhão de blogs, no dia 29 de janeiro de 2007 criei o CarlissonGaldino.com.br. Sério: ter muitos blogs pode ser legal para organização, mas é muito difícil manter. Tanto pelas atualizações da infraestrutura como pelos cuidados com conteúdo, enfim, não deu certo ao menos para mim. Todos os blogs foram unidos em CarlissonGaldino.com.br

Depois veio o Bardo.WS, um domínio criado para servir de atalho rápido para algumas partes do CarlissonGaldino.com.br.

Cordéis.com

Teve um ano que a renovação do domínio bardo.ws deu um salto de muitas centenas de porcentos. Então eu abri mão dele e procurei criar outro. Foi aí que nasceu o cordeis.com, cumprindo o mesmo papel de encurtar o domínio principal (carlissongaldino.com.br).

Com o tempo, o cordeis.com passou a ter alguns tipos próprios de conteúdo. O conteúdo principal, por exemplo, passou a ser um hotsite do Manifesto Neocordelismo.

Enfim, Vivaldi

Nos planos de simplificar a minha vida (como as crises do capitalismo, esse processo parece que é cíclico: expando, simplifico, expando, simplifico), decidi manter apenas um domínio. Uma meta adicional é ter parte dos conteúdos e recursos em outros sites, cuja infraestrutura não dependa necessariamente de mim. Resumindo, essa decisão implicou no seguinte:

  • Acaba-se o estilo site e volto ao estilo blog.
  • Livros não serão mais inseridos no blog (a não ser em casos especiais), mas sim publicados em espaços mais apropriados para livros. Isso inclui os cordéis
  • Manterei apenas o domínio cordeis.com
    • Tiny-tiny RSS continua, mesmo porque não achei alternativa como serviço gratuito que o substituísse.
    • Wiki Cordéis continua, mesma coisa. Além de não ter achado um wiki gratuito bom e equivalente, comecei a organizá-lo melhor e está ficando bacana. Será um canto padrão para adicionar certo tipo de conteúdo.
    • Biblioteca Cordéis.com continua. É relativamente simples de mantê-la, além de bastante útil.
  • Blog vai para vivaldi.net

Enfim, é isso. Espero que essa nova fase seja apreciada por todos. E se você também gosta do navegador Vivaldi, eles oferecem email e blog gratuitos. O blog, em particular, usa WordPress.

Cyber Edi+or e os Tutoriais Receita de Bolo

Este artigo foi publicado em 2012, mas achei interessante resgatá-lo (e editá-lo um pouco também).

Quando cursava Computação na UFAL, terminei me deparando certo dia com uma revista que trazia o Delphi. O Delphi 1, para ser mais exato. Pra quem não conheceu, o Delphi era uma ferramenta para criar programas visualmente e programando em uma linguagem chamada Object Pascal.

Quanto ao Delphi 1, bem, estava muito desatualizado, já que o Delphi estava na versão 5, se não me engano. Claro que eu poderia conseguir uma cópia pirata, até mesmo com os colegas de turma, mas eu me preocupava com essas coisas. Pensava assim: se eu não sou capaz de respeitar direitos do outros, como posso exigir que respeitem os meus quando eu me formar?

Hoje o que penso sobre pirataria como um todo mudou bastante, mas não em relação a software. Continuo contra pirataria de software, apesar de as razões para isso terem mudado. Hoje eu sei que ao usarmos softwares piratas, nós estamos nos capacitando no uso daquelas ferramentas e isso se torna um problema com o tempo. Ficamos dependentes.

Mas não é disso que quero falar hoje: é dos tutoriais estilo receita de bolo.

Naquela revista com o Delphi 1, veio um tutorial exeplicando passo a passo como construir um editor de textos. Ensinava como montar a janela e o menu (isso é até intuitivo), mas ensinava também que códigos usar para abrir e salvar um documento, para copiar e colar e para procurar textos. Com base nisso, fiz um editor de textos simples e depois comecei a personalizá-lo. Assim nasceu o Cyber Editor (ou <yber Edi+or, para ser mais exato), o editor para a quem só o texto importa.

Ele tinha dois modos de apresentação: o modo normal e o modo Cyber. No normal, ele era uma janela simples; no Cyber ele mudava para tela cheia, aumentando a área útil para edição. Pois é, o que se popularizou anos atrás como “sem distração”. Seu visual com texto verde sobre o fundo preto era algo de que eu gostava bastante naquele tempo.

Eu me lembro também de ter implementado duas funcionalidades interessantes para ele.

A primeira era a opção de adicionar comandos, como um editor para programador. Você poderia definir, por exemplo, um comando no menu que abriria o navegador web com a página que você está editando no momento, ou um compilador.

Outra funcionalidade bastante útil eram os SSC, os scripts de Substituições Sucessivas Cyber. Havia comandos para acrescentar linhas no início e no fim do arquivo, para remover linhas e, claro, para substituir. Assim, poderíamos transformar HTML em texto, texto em HTML, texto em RTF e outras brincadeiras mais, utilizando simplesmente esse script. Eu nem conhecia o sed na época, mas os SSC funcionavam como um sed-script rudimentar.

O <yber Edi+or era meu editor padrão no Windows naqueles tempos e senti saudade dele à medida em que fui vivendo cada vez mais em GNU/Linux. Não havia Lazarus para portar.

Uma coisa muito legal sobre o <yber Edi+or é que ele apareceu um dia no caderno especial da Revista Veja. Aquele caderno que eles lançavam pelo menos uma vez por ano, trazendo recomendações de download diversas, divididas por categoria. Certo dia eu vejo o <yber Edi+or lá, na página de Editores de Texto! “Se só o texto importa, o Cyber Editor é uma opção”.

Isso tudo que estou falando hoje é para reforçar a importância de tutoriais estilo “receita de bolo”. São muito bons! Se a gente consegue fazer o básico e entendê-lo completamente, fica fácil expandir esse básico e incorporar novas ideias. Não tenho visto com frequência tutoriais tão bons quanto aqueles e realmente gostaria de ver. Faço então um apelo: se você domina uma ferramenta de desenvolvimento, por que não fazer um tutorial desses? Explique como funciona uma calculadora básica, como fazer um jogo de quebra-cabeças básico ou um cliente básico de Twitter. Você pode, sem perceber, estar contribuindo para o nascimento de um novo grande software.

Quanto ao <yber Edi+or? Bom, depois das substituições sucessivas e tudo o mais, eu tinha muitas boas ideias. Acontece que ele havia sido feito de um jeito “tão Delphi”, sem muita organização, que eu planejei refazê-lo do início. Era o Projeto Simbionte: um editor que se integraria completamente ao usuário, um projeto ousado, modular, complexo. Nunca escrevi uma linha de código efetiva para o Simbionete. Este projeto morreu antes mesmo de nascer, por excesso de planejamento e de diagramas.

Cyber Edi+or e os Tutoriais Receita de Bolo

Este artigo foi publicado em 2012, mas achei interessante resgatá-lo (e editá-lo um pouco também).

Quando cursava Computação na UFAL, terminei me deparando certo dia com uma revista que trazia o Delphi. O Delphi 1, para ser mais exato. Pra quem não conheceu, o Delphi era uma ferramenta para criar programas visualmente e programando em uma linguagem chamada Object Pascal.

Quanto ao Delphi 1, bem, estava muito desatualizado, já que o Delphi estava na versão 5, se não me engano. Claro que eu poderia conseguir uma cópia pirata, até mesmo com os colegas de turma, mas eu me preocupava com essas coisas. Pensava assim: se eu não sou capaz de respeitar direitos do outros, como posso exigir que respeitem os meus quando eu me formar?

Hoje o que penso sobre pirataria como um todo mudou bastante, mas não em relação a software. Continuo contra pirataria de software, apesar de as razões para isso terem mudado. Hoje eu sei que ao usarmos softwares piratas, nós estamos nos capacitando no uso daquelas ferramentas e isso se torna um problema com o tempo. Ficamos dependentes.

Mas não é disso que quero falar hoje: é dos tutoriais estilo receita de bolo.

Naquela revista com o Delphi 1, veio um tutorial exeplicando passo a passo como construir um editor de textos. Ensinava como montar a janela e o menu (isso é até intuitivo), mas ensinava também que códigos usar para abrir e salvar um documento, para copiar e colar e para procurar textos. Com base nisso, fiz um editor de textos simples e depois comecei a personalizá-lo. Assim nasceu o Cyber Editor (ou <yber Edi+or, para ser mais exato), o editor para a quem só o texto importa.

Ele tinha dois modos de apresentação: o modo normal e o modo Cyber. No normal, ele era uma janela simples; no Cyber ele mudava para tela cheia, aumentando a área útil para edição. Pois é, o que se popularizou anos atrás como “sem distração”. Seu visual com texto verde sobre o fundo preto era algo de que eu gostava bastante naquele tempo.

Eu me lembro também de ter implementado duas funcionalidades interessantes para ele.

A primeira era a opção de adicionar comandos, como um editor para programador. Você poderia definir, por exemplo, um comando no menu que abriria o navegador web com a página que você está editando no momento, ou um compilador.

Outra funcionalidade bastante útil eram os SSC, os scripts de Substituições Sucessivas Cyber. Havia comandos para acrescentar linhas no início e no fim do arquivo, para remover linhas e, claro, para substituir. Assim, poderíamos transformar HTML em texto, texto em HTML, texto em RTF e outras brincadeiras mais, utilizando simplesmente esse script. Eu nem conhecia o sed na época, mas os SSC funcionavam como um sed-script rudimentar.

O <yber Edi+or era meu editor padrão no Windows naqueles tempos e senti saudade dele à medida em que fui vivendo cada vez mais em GNU/Linux. Não havia Lazarus para portar.

Uma coisa muito legal sobre o <yber Edi+or é que ele apareceu um dia no caderno especial da Revista Veja. Aquele caderno que eles lançavam pelo menos uma vez por ano, trazendo recomendações de download diversas, divididas por categoria. Certo dia eu vejo o <yber Edi+or lá, na página de Editores de Texto! “Se só o texto importa, o Cyber Editor é uma opção”.

Isso tudo que estou falando hoje é para reforçar a importância de tutoriais estilo “receita de bolo”. São muito bons! Se a gente consegue fazer o básico e entendê-lo completamente, fica fácil expandir esse básico e incorporar novas ideias. Não tenho visto com frequência tutoriais tão bons quanto aqueles e realmente gostaria de ver. Faço então um apelo: se você domina uma ferramenta de desenvolvimento, por que não fazer um tutorial desses? Explique como funciona uma calculadora básica, como fazer um jogo de quebra-cabeças básico ou um cliente básico de Twitter. Você pode, sem perceber, estar contribuindo para o nascimento de um novo grande software.

Quanto ao <yber Edi+or? Bom, depois das substituições sucessivas e tudo o mais, eu tinha muitas boas ideias. Acontece que ele havia sido feito de um jeito “tão Delphi”, sem muita organização, que eu planejei refazê-lo do início. Era o Projeto Simbionte: um editor que se integraria completamente ao usuário, um projeto ousado, modular, complexo. Nunca escrevi uma linha de código efetiva para o Simbionete. Este projeto morreu antes mesmo de nascer, por excesso de planejamento e de diagramas.

Fantoches cantando Paródia

Já faz muito tempo (uns 10 anos?), Karlisson Bezerra e eu fizemos algumas poucas parcerias. Uma delas foi uma paródia de Eduardo e Mônica, numa pegada nerd. A 4Linux providenciou uma versão em vídeo com fantoches! Pena que a qualidade do vídeo não ficou tão boa (pelo menos nessa versão), mas a música, a arrumação e atuação dos bonequeiros ficou excelente. Bons tempos…

Animação de fantoches baseadas na história “Balada da função amar();”, das tirinhas Nerdson não vai a escola.

Arte Original: http://nerdson.com/blog/os-nerds-tambem-amam-4/
Quadrinho e personagens: Karlisson Bezerra
Fantoches: Bruno Souza e Fernando “Tio Nando” Ferreira
Letra original: Legião Urbana
Paródia: Karlisson Bezerra e Cárlisson Galdino
Músico: Adriano Oliveira
Um Oferecimento: 4Linux Free Software Solutions

Gerenciamento de Torneios

Uma das técnicas que utilizo para escolher entre várias opções é a de eliminatórias simples. Funciona assim: digamos que eu precise escolher uma imagem de planeta alienígena.

  1. Monta-se uma lista de participantes. Começo selecionando ilustrações que eu bem utilizaria.
  2. Organizo todas em pares aleatórios.
  3. Pra cada par eu analiso: se a escolha fosse entre essas duas opções, qual eu escolheria? Isso gera uma nova lista, menor.
  4. Repito os passos 2 e 3 até ter um vencedor

Para lidar com escolhas, você pode adotar o estilo “escola de samba”, definindo vários critérios para atribuir nota aos seus participantes e escolher a que teve maior nota final. Pode sortear apenas um. Enfim, há várias formas. A eliminatória simples não cabe em tudo, mas eu acho interessante.

Com base nisso, fiz um aplicativo em Cordova + Onsen UI para gerenciamento desse tipo de torneio. O legal é que dá pra fazer torneios mesmo, caseiros, usando o app.

Quem se interessar, pode baixá-lo na AppGallery da Huawei. Por enquanto, só tem lá. Também tem uma página no meu wiki falando dele, que se chama My Bracket.

Wiki XR-III Melhorado

Já faz um tempo, reorganizei o wiki.cordeis.com. Está mais bonito e funcional. No caso do XR-III em particular, uma barra lateral dá acesso rápido ao conteúdo relacionado ao sistema de RPG multimodo.

Dá uma passada por lá! Os modos publicados têm uma versão Creative Commons que pode ser baixada ou visualizada através do próprio wiki. O mesmo acontecerá com os três cenários oficiais: Biotunados, Canção dos Reinos e Nameless. Quanto aos cenários restritos (que mesmo restritos, têm sido publicados baratinho como ezine), são apresentados nessas páginas.

Dá uma passada lá e vê o que acha!