Chromebook, RPG e Dragões

Após um período meio parado (dezembro-janeiro houve lançamento de uma novela de aventura e um conto), voltamos aos lançamentos mensais. Em fevereiro:

  • Cordel do Chromebook – cordel apresentando o chromebook e falando de suas vantagens e desvantagens.
  • Primeira Aventura – aventura completa para XR-III, em um livreto que inclui tudo o necessário: regras, ambientação e 6 personagens de jogador.
  • História de Juvenal e o Dragão – escrito por Leandro Gomes de Barros, a obra está em domínio público. Esta edição é exclusiva, com alguns pequenos ajustes. O ebook é gratuito e está disponível para todos no link desta postagem.

Como estamos sem colaborador este mês, não foi definido qual seria a recompensa de apoio. Qualquer uma das duas está à disposição para eventuais novos apoiadores.

Galdentur e o Mundo Inferior

Já faz mais de um mês que ficou decidida a próxima novela de aventura a ser escrita e publicada em estilo folhetim: As Sementes do Mundo Inferior. Ainda não comecei a escrita porque tenho uma longa jornada até isso. Como a aventura de RPG se passou em um universo protegido por copyright, a história precisou ser adaptada a um novo mundo.

Pensei em procurar um mundo ficcional parecido com o que eu pretendia, ou iniciar um genérico. Terminei optando por uma solução mais interessante.

Se você já leu a trilogia Escarlate (se não leu, leia!), aquele universo começou a virar um cenário para RPG. A publicação Canção dos Reinos R1 traz essa adaptação inicial, apresentando Klavorini Norte e Klavorini Sul, explanando alguns conceitos e aprofundando algumas ideias que foram apenas citadas nas obras Escarlate; e outras que nem mesmo foram citadas.

Assim, criou-se um conceito de mecânica básica para magia de bardo, magia de mago. Estabeleceu-se um panteão, com toda uma história envolvendo aquelas divindades e esse mundo de fantasia. Nele é dito que há uma versão diferente de Klavorini, em outra dimensão, que é onde os deuses e criaturas mais diversas e poderosas habitam: Galdentur. Nada mais havia sido dito a esse respeito. Bem: agora Galdentur está ganhando forma para ser o cenário dessa nova novela de aventura.

Duas espécies que eu já havia pensado para esse mundo estão sendo definidas: ogânteres e efanos, altamente adaptados para a vida no deserto antimagia que é Galdentur Sul. Há reinos de elfos, de anões, de humanos, de goblins, de povos-lagarto…

Enfim, estou trabalhando aos poucos no R2 de Canção dos Reinos, que vai trazer esse rascunho inicial de Galdentur. Algumas ideias bacanas, entre adaptações e conceitos novos, estão no forno. Aguarde!

O básico inicial já está quase pronto. Estou na fase de adaptação dos personagens. Vencida essa etapa, a brincadeira começa!

Poesia Assimétrica

Este pequeno artigo foi publicado em 2019 no meu site anterior e estou republicando hoje aqui.


Poesia é formada essencialmente por versos (ou linhas). Elas podem ser agrupadas em estrofes. A técnica poética envolve principalmente a rima, a métrica e o ritmo, que está relacionado à métrica.

Na maioria das vezes, sinto que se espera da poesia uma estrutura simétrica, pelo menos daquela poesia que não chutou modernamente o pau da barraca. Especialmente em poesias mais longas e/ou mais técnicas mesmo, como ocorre na Literatura de Cordel.

Na verdade, não deveríamos estar tão preocupados com a simetria. O provável gênero poético mais famoso do mundo, o soneto, é assimétrico: tem duas quadras (estrofes de quatro versos) e dois tercetos (estrofes de três versos). Meus cordéis costumam ser muito simétricos, mas já vi cordéis assimétricos muito bacanas. Chico Pedrosa, por exemplo, tem trabalhos maravilhosos em que aparecem estrofes de estrutura diferente no meio da narrativa.

Outra “regra silenciosa de simetria” diz respeito à métrica. Quanto a essa, já escrevi sonetos (e outras poesias) que chamei à época de heterométricas, mesclando duas métricas em uma mesma poesia. Por exemplo, em O Duelo da Estrela:

A espada pesa, o ombro
Não é o aço
Mais um passo, um tombo
E outra reza

Ou no Cárcere da Arte:

Você pelas margens do meu caderno
Não te quero
Em juras e loucuras sem sentido
Como uma musa d’além desse mar

O estilo de cantoria popular Toada Alagoana também oferece essa dupla métrica. Partindo de uma sextilha, se intercalam três versos menores, que funcionam como eco (rimando inclusive) com os versos que não teriam rima, caso se mantivesse como sextilha. Para entender melhor:

O cordel é poesia
Todo dia
Tem um poeta nascendo
MC, tem repentista
Sonetista
A arte desenvolvendo
Nossa arte e cultura
Traz a cura
Pra um mundo quase morrendo

A estrutura de certas estrofes pode servir também para demarcar capítulos, para determinar momentos e climas da poesia, recurso que pode ser bem útil em uma poesia mais longa. Letras de música também costumam ter pegadas diferentes, nem que seja apenas para diferenciar o refrão do restante.

Ah, e a poética assimétrica está na Literatura de Cordel há muito tempo, é só ver uma peleja antiga.

Rarefeitos 3

In november,I have renew an old app. Rarefeitos was written for Firefox OS in first time, as a sound effect board.

This new version was rewritten from scratch. It has now a pretty look. All sounds were replaced to others, under Creative Commons Zero.

In addition, Rarefeitos has now a timer with background music. It is now a good tool to use in Twitch activities, specially if you make bookstream or work sprint.

It can be used from Apps Cordeis. Unfortunately, for now the interface is only in Brazilian Portuguese.

É Cordel, Não é Cordel

Este post foi feito inicialmente no meu site antigo, em abril de 2019.


No cenário do Rap tem uma turma que não gosta de inovações. Acho que a essa altura esses, chamados pelos novos de “guardinhas do Rap”, já estão mais calmos. O lance é que “donos do gênero” existem independente do tipo de arte. Assim como tem no Rap, tem os do Metal, tem os da Ficção Científica e, claro, tem os da Literatura de Cordel.

Antes de entrar no assunto, para fechar a referência ao Rap, deem uma olhada nessa música excelente de Raphão Alaafin:

A origem da Literatura de Cordel, até onde vi, é controversa. Nota-se isso com ainda mais nitidez quando a gente pesquisa arte popular fora do Brasil. Na Espanha tinha os Romances de Cego, mas arte em livretos populares existiu em vários países. França, Inglaterra…

Leandro Gomes de Barros é um dos maiores nomes (talvez o maior) na Literatura de Cordel brasileira. Aparentemente, quem começou a utilizar a sextilha (estrofes de seis versos rimando só os pares – xAxAxA -, o estilo mais utilizado por Leandro Gomes) foi Silvino Pirauá de Lima, que criou também o subgênero Romance de Cordel. O pouco que vi de sua obra tem várias estéticas, até quadras ele usava.

É dito que Literatura de Cordel é formada por Rima, Métrica e Oração. Hoje entendo o que é essa oração: linearidade ou narrativa. Assim como freestyleiro é rapper, não concordo com quem pensa que repentista não é cordelista. Inclusive, martelos, galopes e outros são bem mais sofisticados do que a sextilha. Isso pra mim não descaracteriza o cordel, do contrário: o engrandece.

Nessa história de “é cordel”/”não é cordel”, penso que cabe julgamento de opinião sobre qualidade técnica e preferências, mas quem realmente pode se dizer dono do cordel a ponto de decidir quem tem direito de se dizer cordelista ou não? Ou, como diz o Raphão, “enquadrar a rima do mano”? Tem quem queira impor regras com mais rigidez até do que a Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Hoje eu só tenho o pé atrás e estranho quando vejo um “cordel em prosa”, sem verso. Mas confesso que me incomoda não ter um nome para chamar isso, principalmente depois de ver que esse tipo de criação já teve seu lugar mundo afora. Claro, eu chamar de cordel não significa que eu admire e curta todo cordel que vejo…

— Cárlisson Galdino

As Sementes do Mundo Inferior

Concluída a votação para a escolha da próxima novela de aventura do Bardo! Uma história a ser escrita e publicada em episódios semanais.

O resultado desta votação foi o seguinte:

  1. Com 70% dos votos, As Sementes do Mundo Inferior
  2. Com 20% ficou Heróis da Pátria
  3. Com 10%, A Lenda de Flacho

Assim, já temos uma vencedora e vou me organizar para começar a escrever essa nova história.

Quanto à pesquisa que fiz no final da enquete, houve alguns resultados interessantes.

No quesito RPG, os tipos de conteúdos mais desejados são:

  • Ambientações criativas
  • Ambientações históricas

Os temas mais votados para cordel foram:

  • Romance de cordel
  • Temática de RPG

Os cordéis que mais merecem versão impressa:

  • A Lenda de Frushige
  • Galope Estelar

As novelas de aventura mais lidas foram 3, justamente a Trilogia Escarlate.

As novelas de aventura que mais despertam interesse de ter versão impressa foram:

  • Jasmim (já tem! :-D)
  • Trilogia Escarlate
  • O Último Mototáxi de Arapiraca

Planejando as Sementes

Sementes do Mundo Inferior será meu primeiro replay, que é a escrita de uma história a partir de aventuras de RPG jogadas. Devido ao jogo se passar em um mundo protegido por Copyright, com alguns personagens nessa mesma situação, será preciso fazer várias mudanças e adaptações.

A campanha, que se chama Vanguarda Audaz, é jogada em D&D 5ª edição no cenário do Senhor dos Anéis. Em especial, essa parte da aventura no subterrâneo se passa em um cenário menor criado pelo nosso mestre Iran e incorporado ao mundo de Arda.

Quanto às adaptações, pra começar o mundo onde a história se passa será transportado para Galdentur Norte. Isso deixa a saga próxima da saga Escarlate inclusive! Como Galdentur Norte ainda não está tão definido, será uma oportunidade também de expandir o cenário Canção dos Reinos.

O panteão tem um papel fundamental na história. Será substituído pelo panteão de Canção dos Reinos.

Como utilizamos o D&D para jogar, mas o cenário é pensado para XR-III, devo acelerar o plano que eu já tinha de ter um modo minimamente compatível, ligando esses dois sistemas. Já tenho algumas anotações a esse respeito, mas será preciso pelo menos um rascunho inicial para que eu possa utilizar como referência nessa escrita.

Falta definir elenco principal, fazer uma ou outra substituição, além de tudo isso que falei. Ou seja, vai levar um tempinho para os episódios começarem a aparecer de fato. Mas vai sair!

Nosso mestre e amigo Iran Morais é quem mestrou a saga que se tornará essa novela. Ele ainda mestra essa campanha e eu ainda estou por lá jogando com a elfa Sharon Siz-Thorien. Devo contar com ajuda dele nessas adaptações e ajustes. Aguardem novidades!

Escolha a Próxima História

Concluído O Último Mototáxi de Arapiraca, aproveito para resgatar uma prática de cerca de uma década atrás: apresento 4 propostas de história e você vai ajudar a escolher qual delas eu devo escrever. A vencedora começará a ser escrita e será publicada como um folhetim, com episódios publicados semanalmente! Vamos às candidatas!

Candidata 1: Sibilo da Justiça

Marfim Cobra foi o primeiro romance que escrevi. A história é interessante e se passa no mesmo mundo de Jasmim (Ases), minha primeira novela de aventura. A proposta é reescrever a história totalmente, atualizando para o formato de 50 episódios e podendo mudar muitos aspectos da história também.

Candidata 2: As Sementes do Mundo Inferior

Tenho feito registros de uma campanha no mundo do Senhor dos Anéis. O nosso mestre, Iran, criou um subcenário subterrâneo complexo onde se passou uma boa parte da campanha. A proposta é pegar esse arco e fazer um replay, criando uma novela de aventura narrada por Sharon Siz-Thorien, minha personagem, mas podendo mudar muitos elementos para adequar à narrativa. Seria o primeiro volume do Diário da Sharon.

Candidata 3: Heróis da Pátria

Falar mais a respeito pode dar spoiler se você ainda não leu O Último Mototáxi de Arapiraca. Basta dizer que Heróis da Pátria seria uma continuação daquela história, com uma iniciativa do Governo de combate e perseguição aos neocangaceiros.

Candidata 4: A Lenda de Flacho

No mundo de Animalia todos têm orelhas de algum animal, são raças diferentes dentro da espécie humana de lá. Um mundo de paz, onde nem mesmo armamentos são pesquisados e desenvolvidos. Um dia apareceu um supremacista dentro do povo-pombo e começou um plano louco de dominação. Flacho é um homem-rato inventor que vai reunir um grupo de heróis de várias raças para tentar impedir que o supremacista consiga cumprir com seu plano de opressão.

Escolho…

Para votar, basta preencher o formulário publicado em http://bit.do/escolho. Se tiver um tempinho, aproveite para participar também de uma pesquisa rápida no final (mas se não tiver tempo, você pode simplesmente votar na novela e pronto).

Lembrando também que estou escrevendo a novela Mochileiros Blackrook às 20 horas das terças-feiras no Livro ao Vivo, na Twitch!

O Último Mototáxi de Arapiraca Finalizado

Comecei a escrever a novela de aventura cyberagreste O Último Mototáxi de Arapiraca para publicação no site da AL RPG Club, em estilo folhetim, um episódio por semana. A história foi publicada lá, mas é aquilo… Folhetim de 50 edições levam quase um ano inteiro! Em algum momento deixou de dar certo, o site até saiu do ar por motivos outros. Então, migrei para o Wattpad.

No último sábado foi publicado por lá o último episódio da história! Se você ainda não conhece, vai lá no Wattpad e confira!

Esta novela apresenta dois protagonistas: Gael, o helimototaxista na Arapiraca do futuro, e Lestat, um neocangaceiro. Muitos personagens interessantes mais. Daqui a alguns bons meses eu pretendo lançar um financiamento social para o lançamento da novela em formato impresso. Fique de olho! Estou planejando umas recompensas muito bacanas!

E dentro de alguns dias vou resgatar uma prática antiga nos meus sites/blogs: o público escolhe qual a próxima novela de aventura que eu vou escrever e publicar, dentre 4 opções!

Cordel e Poesia no Aniversário de Maceió

Este ano Maceió festejou seu 206º aniversário. Houve uma grande programação, que incluiu um palco com atividades culturais na quinta-feira (02/12). Abrindo a programação, estava a associação AL RPG Club.

Juntamente com o poeta urbano Peralta da Caim, fui convidado por Jefferson Diniz e Marcus Kelly, da associação, para falar sobre poesia e cordel numa perspectiva nerd.

Foi um grande momento, com declamações e conversas nesse assunto. Jefferson foi que conduziu o momento no palco, junto com a gente. Agradecimento à AL RPG Club na figura dos dois pelo convite e pelo espaço, bem como à Prefeitura e à FMAC, com a Mírian à frente, que organizou o evento.

3ª Fliara

Entre os dias 26 e 28 ocorreu na cidade a terceira edição de sua feira literária. O evento teve uma programação interessante. Mais uma vez a ACALA e a UBE tiveram um estande e houve uma programação própria das entidades durante o evento.

Conseguimos uma tenda para os cordelistas da AALC e convidados, que compartilhamos em 2 dias com artistas da Juventude Conectada. Artistas visuais, em sua maioria, mas havia também outros escritores.

Meus amigos colegas cordelistas Cícero Manoel, Rosana Oliveira e Tony Pessoa compareceram para expor seu material e conversar. Apareceram vários conhecidos também, em visitação.

Foi um evento bom, que poderia ter sido melhor se a chuva não nos perseguisse, chegando com força. Tínhamos algumas mesas bacanas para o domingo também, que infelizmente não puderam se realizar. Uma delas, de que eu participaria, era sobre RPG como ferramenta para ajudar a escrever histórias. Fica para outra oportunidade.

Agradecimento a Marta Eugênea, Jon e Wellington, da Secretaria de Cultura; Ivana, secretária de Educação; Marcus Kelly, Jefferson Diniz e Ramon Dules, da AL RPG Club; e vários outros que contribuíram com o evento.

É muito importante o evento continuar existindo e persistir no calendário cultural da cidade. Os organizadores falaram da intenção de uma 4ª edição ainda melhor ano que vem. Torçamos!

Manifesto Neocordelismo

Publicado inicialmente em fevereiro de 2019.


Acaba de ser lançado o Manifesto Neocordelismo. Concebido por mim e Zé de Quinô, com apoio e contribuições de outros participantes do Laboratório da Rima, este manifesto fala de um novo cordel, que respeita o antigo mas olha para o futuro. Entendemos Literatura de Cordel como cultura e, por isso, viva! O que significa que se mexe, se molda e se expande.

O logo que improvisei para o manifesto representa um chip de computador com um lampião e o Sol, simbolizando a mistura de elementos tradicionais com a tecnologia sem negá-los, mas somando.

A partir de agora também o endereço cordeis.com, que antes redirecionava para o meu site, agora tem uma página apresentando o manifesto e quem o apoia. O manifesto está exposto para leitura simplificada na própria página de seu lançamento e também é oferecido por lá em formato PDF para download. Confira lá como ficou!

Lançamentos de Novembro!

No mês de novembro, dois novos cordéis e um conto renovado! Veja aí:

A Lenda de Aztil

Depois de Talita – Campeã da Terra, é a hora de você conhecer Aztil, um outro super-herói apresentado em um romance de cordel, escrito em setilhas piratas.

Pensando ser um ser humano
 Entrou na cidade Celcity
 De prédios enormes e caros
 Viadutos de belos grafites
 Ao interagir
 Pôde descobrir
 Que tinha poder sem limite

Pois era capaz de voar
 Sua força era além do normal
 Não viu mais pessoas assim
 E assim percebeu, afinal
 Olhando essa gente
 Era diferente
 Ele era alguém especial

Em uma banca de revista
 Abriu uma história em quadrinhos
 De super-herói e pensou
 “Caramba, eu não estou sozinho!
 Também sei voar!
 Eu posso lutar!
 Vou seguir é nesse caminho!”

A Lenda de Aztil está à venda como ebook na Amazon.

O Ataque do Ouriço-Coceira ao Castelo do Rei Camarão

Mais um cordel que brinca com poesia do absurdo. O confronto entre o ouriço e o camarão é narrado em 39 sextilhas. Atenção para a presença feminina na história! As duas praticamente roubam a cena.

Era um reino governado
 Por Rei Camarão Terceiro
 Que lá no fundo do mar
 Já foi grande fazendeiro
 Mas hoje não faz mais nada
 Para ganhar mais dinheiro

Quando ele era bem pequeno
 Um dia ele achou um trevo
 De quatro folhas, capaz
 De deixá-lo bem longevo
 E foi nessa empolgação
 Que iniciou seu acervo

Comprou logo uma fazenda
 Danou a plantar arroz
 Depois foi pra pecuária
 Comprou alguns peixes-boi
 Até construir fortuna
 Foi lá por 2.002

Só que um dia apareceu
 Vindo lá do arpoador
 Um inimigo jurado
 Bem veloz e sem temor
 Desafiar Camarão
 Não foi pra dizer “Alô”

O Ataque do Ouriço-Coceira ao Castelo do Rei Camarão pode ser adquirido como ebook na Amazon e no Google Play Livros.

Prisioneiro do Passado

Um conto relativamente antigo sobre um aventureiro velho e triste lamentando a própria vida à beira de um rio. Ambientado inicialmente em um mundo genérico de fantasia medieval, na revitalização da história ele foi portado para o mundo de Kairot. Este cenário, nunca formalizado como ambientação para RPG, foi utilizado na escrita da antiga história Os Guerreiros do Fogo.

“Já ouviu que um anjo uma vez caído nunca se levanta? Eu nunca fui anjo, mas jamais voltarei a ser nem mesmo parte do que um dia fui.”

O Sol espalha seu brilho apagado, calmo demais. Como a luz de uma vela. Lá está ele, detrás das árvores que, embora verdes, transmitem um tom ligeiramente metálico. A faísca das espadas, a ensurdecedora explosão dos seus choques, são as lembranças mais presentes e não há como fugir delas. Nunca houve. Icleus já tentou fugir e não apenas uma vez. A esse ponto da vida já estava desenganado.

A luz matinal do Sol, à margem do rio, deitado em um gramado divinamente verde. Tudo estava propício, mas a tal da paz não vem, nem mesmo assim.

A nova versão do conto está disponível gratuitamente na 9ª edição do Pulp Zine Castelo, na Biblioteca Cordéis.

Rarefeitos 3

Por fim, este mês teve a volta de um aplicativo antigo, reformulado. Rarefeitos foi escrito inicialmente para Firefox OS, sendo uma cartucheira de efeitos sonoros.

A nova edição foi reescrita do zero, com uma apresentação muito mais interessante e prática. Todos os sons foram substituídos por outros de uso mais geral, disponíveis sob Creative Commons Zero. Além disso, Rarefeitos tem agora a função de temporizador com música de fundo, tornando-o uma companhia perfeita para meus sprints na Twitch!

Diferente das versões anteriores, Rarefeito agora é oferecido como um aplicativo web, acessível em Apps Cordéis!

Cordelistas em Santana

Nos últimos dias 5 e 6 (conhecidos também como ontem e anteontem, não respectivamente), estive em Santana do Ipanema para o 1º Encontro de Poetas e Cordelistas, realizado na cidade pela Academia Alagoana de Literatura de Cordel.

Foi uma ótima oportunidade de ver ou rever colegas e confrades cordelistas, trocar ideias e produção. Principalmente porque a participação da turma foi bastante expressiva. No sábado todas as barraquinhas liberadas para os poetas foram ocupadas!

Infelizmente houve pouco público no evento, no que poderia ter sido um pouco melhor. Há sempre muita dificuldade em organizar esse tipo de evento literário. Como se não bastasse, ainda não saímos da Pandemia. As coisas estão melhores agora – não resolvidas – e o amanhã não se sabe, só se espera e torce.

Estavam presentes o lendário Jorge Calheiros, com sua alegria e seu cordel bem-humorado; Cícero Manoel, cada vez mais desenrolado e competente; Marcos Brandão, sempre divulgando as Proezas Nordestinas (seu canal no Youtube). A propósito, em nenhum dos meus dois momentos de fala eu me lembrei de divulgar o Cordel Arcano (canal Youtube e podcast), o eCordel (canal Twitch e Telegram), o Cordel Encastelado (projeto) e este blog aqui. Ainda não virou hábito para mim fazer esse tipo de marketing, tenho que avançar nisso!

Efigênia Dias, com sua crescente cordelaria Flor do Sertão; Jailson Marques, de São Sebastião, com quem fui e voltei encurtando a viagem com longas conversas; Josias de Souza, com seu trabalho de cordel evangélico; Charles Cesar, Cristóvão Augusto, Luciene Albuquerque…

O presidente da AALC Diógenes Pereira mostrou seu talento no repente também. Silvano Gabriel apareceu no sábado com sua veia de showman.

Tenho certeza que esqueci o nome de algumas pessoas. Em minha defesa, ainda tem colegas que ainda não conheço bem ou tenho proximidade e, como eu disse no início, a adesão foi bacana, com vários colegas poetas e poetisas. Espero que tenhamos mais oportunidades como essa de integração do segmento e divulgação da nossa literatura! Parabéns para a organização e até os próximos eventos.

Apps Cordéis renovado

Reformulei a página inicial do Apps Cordéis, local onde coloco alguns aplicativos web que desenvolvi através do tempo. Está bem mais interessante agora. Você pode acessá-lo via seu endereço apps.cordeis.com ou através do menu de ícones nos círculos no canto superior direito da página.

Entre os aplicativos estão:

  • Jasmim – Não me lembrava deste. Foi uma tentativa de oferecer minha novela de aventura Jasmim como um app para Firefox OS. Não está muito bom de ler no computador, mas no celular até que está legal.
  • Lancelot – Rolador de dados variados, com opção de salvar conjuntos de rolagem, histórico de rolagem, gerador de nomes aleatórios e outras funcionalidades interessantes.
  • RarEfeitos – Mesa de efeitos sonoros variados.