Hoje estive em Marechal Deodoro ministrando oficinas de cordel nas escolas do município, acompanhado pela Ana Paula, da Secretaria de Educação.
Estivemos na Escola Altina Ribeiro, com uma turma só de alunas; na Escola Dr. Cláudio Costa; e na Escola Araújo Lobo.
Nas três turmas/escolas (com alunos de 7º ou 8º ano), expliquei sobre a origem do cordel e seus conceitos, falando sobre métrica, rima, oração, sextilhas, setilhas… Turmas interessadas e bacanas. Parabéns a todos os envolvidos, da Secretaria e das escolas.
Esta semana ocorre o evento SINPETE – Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica -, simultaneamente nos campi da UFAL.
Em Arapiraca, foi incluída na programação a apresentação de diversos escritores da terra. Eu estive lá incluído, inclusive com banquinha vendendo cordéis. Agora, além dos folhetos e folhetins, eu tenho print-cordéis e pocketmods!
Que a Inteligência Artificial sacudiu o mundo nos últimos nos últimos tempos, não é novidade. O Chat GPT, em particular, já teve vários usos apresentados. Um uso que não tenho visto tanto, mas que é possível e pode ser uma tendência no futuro é o “efeito auto-tuning”.
Antigamente para ser artista e cantor era preciso ter um mínimo de talento musical. Ritmo, tempo e afinação. Com o auto-tuning qualquer um podia se tornar cantor, desde que fosse do interesse das gravadoras. Isso porque cada desafinada era ajustada por software, resultando em um trabalho final bastante apresentável. Claro que nem tudo era perfeito: quando tinham que cantar ao vivo as coisas se complicavam.
Pois bem, além de gerar textos e responder perguntas a partir de uma base de dados ampla, o Chat GPT também pode funcionar como um corretor ortográfico e melhorador de texto. O sujeito escreve o que quer escrever, do jeito que consegue, com todos os erros de grafia e concordância a que tem direito, depois pede à IA: “Revise esse texto, corrija tudo o que estiver errado e melhore, trocando palavras pobres por palavras mais bonitas com o mesmo sentido e que não mude o entendimento do que eu queria dizer” e pronto: auto-tune para o escritor.
Particularmente não gosto muito da ideia porque evito alimentar IAs com textos meus, mas de modo geral ainda não sei o quanto esse tipo de coisa socialmente é bom ou ruim. Quem vai nos dar uma resposta certamente será o senhor Tempo.
P. S.: A imagem do post é o Chato Gepeto, personagem que fiz como uma “personificação” do Chat GPT para o meu novo cordel, à venda impresso comigo ou na forma de ebook na Amazon.
Este mês de outubro tem 3 bons lançamentos meus. confira aí!
Chegou o Chato Gepeto
O Chat GPT chegou trazendo muita polêmica, como a vanguarda de sistemas de Inteligência Artificial gerativos, que já estão por aí afora e tendem a ficar mais numerosos, constantes e eficientes. Este cordel fala um pouco sobre o assunto e termina com uma historinha de humor e crítica de um robô chamado Chato Gepeto (que é uma metáfora ou paródia pro Chat GPT).
Este cordel pode ser adquirido nos formatos ebook (Amazon) e print (com o autor).
ABC do Equilíbrio Global
Cordel do ABC é um subgênero do cordel bastante antigo, onde cada estrofe inicia com uma das letras do alfabeto, partindo do A ao Z. Este é o meu primeiro cordel do tipo, tratando de questões sociais e opinião.
O Tri 2 é a evolução do XR-III Modo Micro. Está mais simplificado e com algumas boas novidades:
Agora comporta 3 estilos de jogo: Clássico (similar ao Modo Micro), Narrativo e Solo. Cada estilo traz umas regrinhas de variação para o modo principal.
O XR Zine traz 28 páginas, apresentando o sistema de uma forma bem mais ampla e detalhada, com dicas para mestrar e para criar seus próprios kits XR-III usando o Tri 2.
A versão minimalista está disponível em pocketmod, o formato simplório de 8 páginas A7 impressas em um lado de A4 e cortado e dobrado para virar um pequeno livreto.
Estamos vivendo uma época tensa no meio artístico. Nenhuma IA tem potencial de substituir uma boa obra de arte, em qualquer meio. Uma arte fraca para mediana e, em alguns casos, minimamente boa, já é possível. Com o aprendizado de máquina, a tendência é que a IA se torne ainda mais competente nessas atividades historicamente tão humanas.
Prefiro arte humana mas me rendi à arte pela IA para ilustrações provisórias. É aquilo: a alternativa seria não ter ilustração nenhuma.
Utilizando o serviço Mage Space, criei ilustração para todos os meus contos que não tinham ainda uma capa. Você pode ver o resultado na página que lista todos eles aqui no blog. Enfim, para esse tipo de uso eu recomendo. Gostei, no geral, do resultado. Tem alguns contos meus que até tive vontade de ler depois da imagem!
Canção dos Reinos é um cenário de fantasia medieval que nasceu de Escarlate, outros mundos menores que eu já havia criado antes e inspirado também na Terra para ser palco de As Sementes do Mundo Inferior. É um cenário público, sob licença Creative Commons, para XR-III, mas facilmente adaptável para outros sistemas.
O mundo em Canção dos Reinos é dividido em dois continentes irmãos, um ao norte e outro ao sul, separados por uma vasta quantidade de água. Acontece que existiam duas dimensões sobrepostas: Klavorini, um mundo de humanos, onde se passa Escarlate; e Galdentur, um mundo mais mágico e cheio de espécies diferentes, onde se passam As Sementes do Mundo Inferior. Os dois são como “versões” diferentes do mesmo terreno, mais ou menos como a ilha de Ávalon e a construção dos padres.
A terceira versão amplia isso tudo: agora são sete dimensões que compoem o mundo, agora chamado de Dim-Rex:
Klavorini – também é a única dimensão “exposta” de Dim-Rex. Onde viajantes interplanares ou espaciais chegam.
Galdentur
Oclatur – um lugar repleto de criaturas aladas, onde reina a bondade.
Uromur – uma versão do mundo totalmente coberto pelas águas, sem terra firme.
Vijostur – um lugar cheio de lava, fogo e criaturas maléficas.
Fraugast – o reino onde os mortos, em espírito, habitam.
Leirrex – a dimensão onde os deuses verdadeiros habitam.
Outra novidade do mês é a estreia oficial do formato print para os meus cordeis, começando com uma nova versão de O Senhor dos Miranhas. Um cordel de humor e absurdo que mistura Senhor dos Anéis com o Aranhaverso. Impresso em papel fotográfico A4, com a ilustração da capa, a folha traz no verso o cordel na íntegra. Pode ser adquirido diretamente comigo.
Adicionalmente, lancei este mês um cordel gratuito de opinião e política chamado Pra que serve um sindicato? Uma crítica para você pensar. Se sua categoria tem um sindicato parecido com a descrição, mude!
Você conhece o Cordel Interativo? É uma inovação minha na Literatura de Cordel, adaptando um elemento já presentes na Literatura de RPG: o livro-jogo ou aventura-solo. Trata-se de um cordel com finais diferentes. O leitor vai lendo a história e fazendo escolhas, como em um jogo.
Meu primeiro título do gênero foi Uma Noite no Lago de Jade, lançado em 2018 em versões impressa (esgotada) e e-book pago. Depois dele vieram outros títulos e tenho ainda alguns inéditos, para serem lançados no futuro.
A novidade de agosto deste ano de 2023 foi o lançamento justamente desse primeiro cordel interativo, desta vez na forma de um jogo eletrônico gratuito. Como uma Visual Novel muito simplificada, esse jogo está disponível para Android (sem lojas, por enquanto) e para ser jogado diretamente no navegador. Boa leitura!
No estande da Academia Alagoana de Literatura de Cordel, lançarei 2 cordéis digitais gratuitos às 17 horas:
O Herdeiro do Trono em versão ebook, trazendo uma narrativa construída enquanto jogada a aventura homônima no jogo A Batalha de Wesnoth. Para quem não conhece, trata-se de um excelente jogo de estratégia baseada em turnos, que é software livre.
Uma Noite no Lago de Jade, em versão aplicativo. A 5ª edição do meu primeiro cordel interativo ganhou uma versão em jogo do gênero Visual Novel. Gratuito, o aplicativo pode ser usado em versão Android (baixando o apk diretamente, ainda não está em nenhuma loja) ou em versão web (usando qualquer navegador).
Dia 14 de Agosto (segunda)
No estande das Academias de Letras nº 5, no momento da Academia Arapiraquense de Letras e Artes, às 13:15, lançarei a versão impressa de Warning Zone. Com prefácio de Bárbara C. Oliveira e capa de Santhiago Albuquerque, lançada pela Editora Performance, a obra é uma novela de aventura capepunk, trazendo uma história de super-heróis envolvendo tecnologia e humor.
Já foi publicada há muitos anos em estilo folhetim, ganhando agora sua primeira versão impressa (que está muito bacana).
Durante toda a Bienal, haverá vários lançamentos, incluindo vários cordéis no estande da AALC e um livro infantil ilustrável às 12:45 do dia 14, escrito pela minha mãe Erluce e ilustrado pela minha irmã Evelyn.
Neste mês de julho, os lançamentos são 3, espero que todos agradem, pois são especiais!
O Proxmox em Penedo
Em junho, estive em São Luís, participando do WTICIFES, um evento de tecnologia que reúne servidores que atuam na área em diversas instituições públicas de ensino superior. Lá apresentei dois trabalhos, sendo um deles sobre o Proxmox.
Proxmox é um servidor de virtualização. Algo meio alienígena para quem não é da área, mas uma solução muito boa para gerenciamento de serviços e máquinas virtuais. E é software livre!
Para apresentar o artigo em slides, eu fiz um cordel. E agora eu o publiquei, para quem se interessar pelo assunto!
Peter Pan
Da mesma maneira que fiz antes com A Rainha Gelada e com João e Maria, este cordel reconta uma história clássica, já bastante conhecida e de domínio público.
Misturando algumas versões, Peter Pan mostra como ele conheceu Wendy e seus irmãos, e como se deu a visita deles à Terra do Nunca.
Hoje tenho alguns cordéis interativos publicados, incluindo o gratuito A Casa Sumida. O primeiro deles, porém, e que é bastante interessante por trabalhar em um ambiente de terror nordestino, ganha este mês uma nova versão: sua primeira versão como ebook gratuito!
Você pode baixar e ler Uma Noite no Lago de Jade lá na Biblioteca Cordéis (que está em uma estrutura provisória e limitada aos lançamentos de 2023).
Quando viajamos em grupo é comum que parte dos gastos sejam para uso comum de todos daquele grupo. Ratear contas a toda hora é um aborrecimento que toma muito tempo, então começa o “Deixe que eu pago e depois vocês acertam”. A dificuldade vem depois, para ver o quanto cada um deve e a quem.
Primeiro – e o menos complicado, se você não for esquecido ou for organizado o bastante -, é preciso rastrear quem pagou quanto e, que às vezes podemos esquecer, quem se beneficiou com o pagamento. Claro, se vão 5 amigos para outra cidade e 3 deles pegam um Uber, não é justo dividir essa conta com os 2 que não foram.
Então, aqui vai uma dica que simplifica demais toda essa matemática:
Você vai criar uma tabela onde cada linha representa um gasto e cada coluna é um dos participantes do grupo. Pode ser feita numa folha de caderno mesmo ou, se preferir, em uma planilha eletrônica.
No registro dos gastos – e aqui está o truque – você não registra o total gasto, mas sim as relações de dívida. Quem ficou devendo, deve quanto naquela rodada? Anote o valor como negativo na coluna da pessoa. Quem pagou, falta ser ressarcido de quanto? Anote o valor positivo. Assim, cada linha deve ter soma zero.
No fim da viagem, some todos os valores por coluna e você vai ter quanto cada um deve ou tem a receber dos demais.
O truque é, conforme falei, registrar o quanto falta receber. Se um pagou 100 reais para o seu grupo de 4 pessoas, coloque 75 na coluna dele (100-25, que é a parte de cada um dos 4, pois ele também se beneficiou com o pagamento) e -25 para cada um dos outros três.
Pode parecer meio doido, mas o método funciona. Já testamos em algumas viagens! Inclusive, não seria difícil um aplicativo pra gerenciar isso:
Primeiro cadastra os participantes (nome de cada um).
Botão de “novo gasto” acionaria um assistente, que perguntaria:
Quem pagou?
Quanto pagou?
Quem se beneficiou com o pagamento (listando os nomes de todos para serem marcados ou desmarcados à vontade)
A qualquer momento, contabilizaria as dívidas. Nesse caso, permitindo/computando o abatimento parcial também (fulano pagou 10 reais a beltrano).
Para fins de auditoria, todas essas operações deveriam estar registradas também em forma de texto, com data e hora em que ocorreram.
E é isso. Não pretendo fazer um aplicativo desses (ao menos não por enquanto). Se alguém for fazer um (ou conhece um que funciona assim), avisa que eu quero ver. 🙂
Há uns vinte anos eu usava um método de organização que eu desenvolvi inspirado em algoritmos de escalonamento de processos. Ele se baseava em quanta de 30 minutos e intervalos de 15 minutos, em um processo parecido com o Pomodoro. A diferença é que a tarefa a ser feita é sorteada a partir da próxima.
Com a chegada do Rarefocus, é possível usar uma versão renovada dessa metodologia antiga. As regras são bem simples:
Você cadastra no Rarefocus as tarefas que precisa fazer (eu trabalho com 10 a 20 tarefas)
Na configuração, você determina quantas tarefas terão foco (eu uso 4 e você pode testar pra ver o que funciona melhor pra você)
No início do dia, você montará sua lista de tarefas em foco aleatoriamente. Basta clicar no botão de aleatório na tela principal do Rarefocus e ele sorteará a partir da lista de tarefas total (no meu caso, sorteia 4).
Você escolhe que tarefa vai desenvolver a partir daquelas em foco. É só clicar no botão com o nome dela e o Rarefocus começa a correr.
No final o botão da tarefa sai da lista de tarefas e vai para a lista das concluídas. Se você não terminou a atividade, clique no botão de novo (dessa vez na outra lista) e a tarefa voltará para sua lista de tarefas (não a de tarefas em foco)
A partir da metade das tarefas em foco concluídas, você pode clicar no botão de aleatório de novo para atualizar a lista de tarefas em foco. Ou você pode esperar terminarem todas.
Uma vez que tenha algumas tarefas que receberam foco e não foram concluídas no dia, você pode, ao invés de escolher aleatoriamente, escolher as últimas tarefas da lista, que serão justamente as últimas já feitas, que voltaram à lista por decisão sua. É só clicar no botão de ordem reversa (Z-A).
Veja algumas telas do Rarefocus para ajudar a ilustrar o procedimento.
Enfim, este é o método, caso seja útil para você também!
P. S.: Ilustração do post feita a partir desta imagem.
Mês passado teve aqui em Arapiraca o Sesc Geek, com diversas atividades interessantes, incluindo mesas de RPG. Foram várias mesas ofertadas aos frequentadores do evento (que foi bem movimentado), incluindo uma mesa minha de Mundo Real.
Como lancei uma versão nova do Mundo Real (à venda no DriveThruRPG), pensei a princípio em usar um dos monstros que coloquei no material (alguns inclusive já usados em outras mesas). No fim, terminei preferindo criar um monstro novo: a Hidra Martelo.
A Hidra-Martelo
Uma hidra de três cabeças, cada uma com uma personalidade e um ataque padrão diferente:
Mar: personalidade tipo agente secreto, gosta de furtividade e de fazer cena. Seu ataque é a cuspida, que causa 3 de dano.
Tel: personalidade racional e questionadora. Adora julgar e discutir. Seu ataque é a martelada (usando a cabeça), que causa 4 de dano.
Lor: personalidade de tagarela adolescente. Seu ataque é com a língua, causando 2 de dano e derrubando o alvo no chão.
A criatura tem 20 pontos de vida, distribuídos entre corpo e as cabeças (5 para cada). Um ataque especial, quando as cabeças entram em acordo, é com a cauda, girando e causando 3 de dano em todos que estejam próximos.
Apesar de ter 3 cabeças e poder fazer 3 ataques por rodada, duas das cabeças sempre estão discutindo e só uma ataca no final.
Personagens Reais
O personagem do Mundo Real tem níveis (inicialmente 10) e para cada nível ele tem:
Uma perícia
Um slot de equipamento
Um ponto de vida
Como o sistema é sarcástico e exige testes para tudo, a escolha das perícias é muito importante para definir quão útil seu personagem será na aventura. Assim, os personagens foram criados no dia pelos próprios jogadores (o que é relativamente fácil no Mundo Real).
Os jogadores foram uma turma que veio de São Miguel, incluindo o Fernando Jumper, grande articulador do RPG por aquelas bandas. O evento foi promovido pela Associação Alagoana de Cultura Nerd.
Se você tem curiosidade sobre o sistema, a segunda edição (gratuita) não está mais no ar no Dungeonist e a Biblioteca Cordéis ainda está fora, vou colocar aqui por enquanto, mas tem também a versão nova e paga, mais completa e atualizada, no DriveThru. Quando voltar a Biblioteca Cordéis, eu devo colocar a segunda versão de volta.
Neste mês de junho, dois textos antigos publicados com revisão e formato diferentes.
Viajante Transtemporal
Inicialmente era um conto sobre um viajante do tempo que vai parar em um mundo de Faroeste, sem memória. A nova versão continua com essa mesma premissa, mas o texto passou por uma revisão profunda, mudando muita coisinha na história. O conto está publicado como ebook pago na Amazon e na Play Livros.
Era uma vez uma cartucheira de efeitos sonoros. Para quem não sabe, é aquele tipo de sistema cheio de botões onde cada botão gera um som curto. Útil para “programas ao vivo” ou só para brincar. Quando me empolguei com o Firefox OS, um dos apps que criei na época foi justamente uma cartucheira. Chamava-se Rarefeitos.
Anos depois eu reescrevi o software, substituí os sons e veio o Rarefeitos 2. O Rarefeitos 3 trouxe um temporizador pomodoro que tocava música de fundo. Eu o utilizei bastante na Twitch em meus sprints de atividade. O tempo de Twitch passou, mas continuei usando o Rarefeitos, mesmo o pomodoro ficando escondido num cantinho da interface.
Há alguns meses, minha esposa Adrielle sugeriu que eu tirasse a funcionalidade de cartucheira e refizesse a interface apenas como um temporizador. Assim, nasceu o Rarefocus.
O que é Pomodoro?
Trata-se de uma técnica de organização no cumprimento de atividades. Você define uma duração padrão para as tarefas e cronometra. Esse tempo associado à atividade focada em uma só tarefa (que eu chamava de quantum) é o Pomodoro desta técnica.
Tradicionalmente, você define 3 durações: o pomodoro, o intervalo e a pausa. Entre uma atividade e outra, você aplica o intervalo. A cada 4 pomodoros, você faz uma pausa. Os tempos tradicionais são 25 minutos para o pomodoro, 5 minutos para o intervalo e 15 para a pausa.
Pomodoro é uma técnica muito popular e existem diversos softwares que ajudam a aplicá-la. Você pode usá-la provido apenas de um caderno, um lápis e um temporizador de cozinha (o nome Pomodoro vem daí, é Tomate em italiano e o formato de um tomate é comum nesse tipo de temporizador).
Rarefocus, o Básico
Rarefocus é hoje um temporizador pomodoro com gerenciador de tarefas bastante flexível. Os recursos geralmente encontrados em aplicações assim ele já tem:
Durações Pomodoro, Intervalo e Pausa
Usuário pode configurar cada uma das três durações
Interface responsiva, enquadrando bem em celular
Salva configuração e lista de tarefas (por enquanto, apenas no perfil do navegador)
Rarefocus, a Raridade
Mas se o que me interessasse fossem os recursos básicos, eu teria escolhido um dos vários Pomodoros existentes, muitos também com interface web. Então, vamos para o diferencial que o Rarefocus traz:
Música de fundo: ele toca uma música de menos de um minuto repetida em loop, daquelas ambientes, que pelo menos nas minhas atividades ajuda a focar. São 28 músicas na versão atual e você pode configurar para ele tocar sempre uma música escolhida aleatoriamente, se quiser. Você também pode desabilitar a música a qualquer momento (sem desabilitar o som do alarme, que ainda tocará ao final da contagem)
Som de alarme: também é configurável. Atualmente são 8 opçoes.
Tema: é possível escolher o esquema de cores que mais lhe agrade. São 7 temas no momento.
Lista de foco: a partir da lista de tarefas, uma lista de tarefas em foco é gerada e você pode iniciar o pomodoro clicando no botão de uma delas. Nas configurações, você define o tamanho da sua lista de foco. Na tela do temporizador, há três opções de montagem da lista: as primeiras tarefas, as últimas tarefas ou tarefas aleatórias.
Histórico de sessão: o Rarefocus registra o início e fim de cada tarefa ou pausa, mostrando também se foi concluída ou não (isso fica na sessão, perdendo-se ao fechar o navegador ou sair da página).
Pausa: em situações ideais, você vai cumprir com os 25 (ou quantos você quiser entre 5 e 60) minutos da sua tarefa. No mundo real, porém, existem interrupções. Por isso, o Rarefocus tem um botão de pausa que permite parar a música e o temporizador e depois retomar de onde parou.
Rarefocus, o Futuro
Apesar de ele já estar plenamente utilizável e útil na sua versão 0.4.1, algumas funcionalidades precisam ser implementadas para ele ficar 100%:
Persistência: uma forma de salvar o perfil, incluindo as tarefas, em um lugar remoto, permitindo se use a ferramenta em navegadores e lugares diferentes dando continuidade à rotina. Talvez seja feito criando-se um minissistema com login e senha.
Notificação: ao final da tarefa seria interessante o Rarefocus poder mostrar uma notificação do sistema, que é apresentada ao usuário mesmo que ele esteja com outra janela que não a do navegador.
Tradução: o Rarefeitos era bilingue. O Rarefocus ainda não. Os textos estão em inglês. A meta então é implementar um sistema simples de localização que permita que ele seja traduzido para idiomas diferentes (a começar pelo nosso, claro).
Rarefocus foi feito em JavaScript com JQuery e SpectreCSS. Você pode baixar a versão atual na página do projeto. Neste caso, mesmo sendo feito em HTML5, você precisa jogar os arquivos em algum servidor web, pois ele usa arquivos JSON.
